3 de agosto de 2009

Erupção - poesia de Rosemari

Erupção



*Rosemari



Despojada de mistérios

Naturalmente feminina

Ela se fez ouvir:


- Rasguem as vestes curvilíneas!


Dos sentidos inexatos

Da existência sombria

Situações dissimuladas

Do medo ao amor.

Horror a causa injusta

O pânico da perfídia nas

Paralelas do porvir


- Violadas entranhas!



Rumores vulcânicos

Ruminados nas glândulas

Salivares que beijaram

Tacitamente em desamor.


Amarga ventura do acaso

Que se fez caso numa noite

Onde o vinho do cálice

Em ébano se tornou.





*Paranaense de Londrina , atua como psicóloga clínica e tem a poesia como hobby.A temática de seus escritos tem como pano de fundo o universo feminino em toda sua expansão.Enfatizando anseios e sentidos..Mergulha em rosas para depois alçar um vôo perene.Esta condição a torna profundamente envolvida com as questões do ser e do viver, com liberdade e consciência.

Escreve regularmente no blog Asas Róseas


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15 comentários:

☆Lu Cavichioli disse...

OLha minha amiga Rose aíii... que linda!

Poema rubro, próprio de seu estilo!

ultrabeijos

Lu

Anônimo disse...

Rosemari,

grande poetisa, mostra neste poema parte de suas inspirações. Parabéns!

Marcos Santos disse...

Parabéns pelo reconhecimento do seu belo trabalho Rose.
Fico muito feliz por você.

Beijo grande.
Marcos Santos

antes blog do que nunca! disse...

Querida Rose,

É um orgulho saber-te reconhecida pelo talento poético.

"Rasguem as vestes curvilíneas!" - um grito absolutamente femínino, bem ao teu estilo inconfundível: rosácea em flor.

1 Bj*
Luísa

Unknown disse...

Parabéns Rose poetisa das rosas. Sempre um poema lindo falando do universo feminino. Oportuno esse reconhecimento você esta cada dia mais inspirada e isso a torna cada vez mais iluminada.

Vanessa disse...

Adorei a participação dela aqui.
Frequento o blog dela, para sempre ler as lindas palavras com as quais ela nos presenteia, e foi bom conhecer o rosto e saber que mais pessoas vâo lê-la aqui.

Anônimo disse...

Um amor, sincero e autêntico, mas que infelizmente não escapa das armadilhas do acaso... um acaso que, muitas vezes, transforma um amor inocente... em legítimo culpado!
Beijos e Parabéns!!!
Glória

chica disse...

Lindo e como sempre, bem inspirado! um beijo,chica

Joice Worm disse...

YUPIIIIIIII! Mais uma alegria para ti, mais uma alegria para mim, mais uma alegria para os leitores... E de certeza mais uma alegria para a Editora Novitas!

Bravo, Rose! Um raio de sol da Novitas já tem o seu nome, amiga!

Muac!

Unknown disse...

Belíssimo poema, Rose. Parabéns!

Madalena Barranco disse...

Rose, querida amiga,

A magia do feminino se revela em poesia pelas suas mãos abertas em rosas, assim como o vinho se transforma em ébano... Maravilhoso! Sou fã de sua arte poética e adoraria em um dia que seja próximo, ler um livro seu assinado em rosas vermelhas.

Beijos, com carinho
Madá

Anônimo disse...

Amigos queridos

Agradeço a Letícia e David por proporcionarem esse lindo momento em que sai de meu canto rosáceo floresci em outro jardim.
Uma experiência marcante , sem igual, onde a poesia invade a alma e o coração fica pleno de amor por vocês todos que vieram prestigiar-me e conhecer o blog Novitas. O Novitas tem uma proposta séria de divulgar novos autores, motivando-nos e mostrando um caminho.Parabéns!

Muito obrigada!!

Rosemari

Odele Souza disse...

Querida Rose,
Fico muito contente por ver um poema teu neste espaço da Editora Novitas. Em destaque merecido querida.

E este teu poema é muito lindo.

Beijos!

João Esteves disse...

Sair neste espaço é merecido galardoamento para sua inspiração.
Com um poema que traz suas impressões digitais estilísticas e temáticas, quem conhece logo reconhece. Tudo muito bem selecionado, da publicação ao próprio texto.
Uma alegria para mim ver isto.
Beijos

Ricardo Mainieri disse...

Rose:

O grito, por vezes rouco, que emana do mais profundo do ser, desta mulher inserida na modernidade.
Mulher que lhe exigem dupla jornada e um corpo de miss(e hoje as misses recorrem à plástica...)
Assim, como vc. brada: "rasguem as vestes curvilíneas" eu diria, masculinamente: "retirem os véus da sensibilidade, da solidariedade e da identificação do coração dos homens"

Beijão.

Ricardo Mainieri