Apesar de ter 27 anos e minha geração ter contribuído e muito com o “sumiço” do livro, eu ainda sou do tempo que um bom livro é diferente de ler links ou mesmo de escrever em blog. Sim, eu escrevo em blog s e leio links, mas sei a diferença entre um e outro.
Muito me espanta quando vejo pessoas comemorando sobre o surgimento do livro digital, uma vez que moramos no Brasil, onde ainda hoje existem milhares de pessoas que não tem acesso ao computador doméstico.
Pois é, o meu Brasil provavelmente não é igual ao Brasil dos outros; alguns Estados são super desenvolvidos, já outros vivem na miséria. Em muitas cidades existem localidades que a internet não chega, logo não comemoro o livro digital, pois penso que o livro seja ainda a leitura mais democrática.
Se baixo um E-book tenho dois trabalhos: o de baixar e o de imprimir. Prefiro ir em uma livraria ou mesmo comprar pela internet o livro pronto. Uma outra coisa que faço é procurar o número de ISBN e infelizmente em vários E-book's não existe. Meu lado editorial se mistura com o de leitora e penso que se o livro é bom, precisa existir um registro que comprove que o autor está recebendo seus direitos autorais. Se para existirmos no Brasil como pessoas precisamos ter a certidão de nascimento, porque com o livro seria diferente? Existem regras que devemos cumprir.
Não considero o blog um livro: blogs são feitos para ensaios. Blogs são uma amostra do que somos capazes, e quando aconselho as pessoas a guardarem alguns escritos sem publicar na internet, é para voltar a “máxima” do original. O original não tem esse nome a toa.
Faço parte da geração que assumiu que o mundo tem muita pressa, e na pressa acabamos não lendo até o final, não voltando ao início se não entendeu e o principal... Perguntando muito pouco. O livro pode “acabar” no Japão, nos EUA mas até acabar no Brasil existe um grande abismo. O “sumiço” do livro é preocupante uma vez que somem os livros, somem os leitores. Eu queria acreditar que o “sumiço “ do livro indique que as pessoas estão lendo mais na internet, mas não é o que acontece. Quantas vezes vocês escreveram um texto em que a "moral" da ideia fosse no rodapé e muitos não entenderam porque simplesmente não chegaram a ler até o final? E como escrevemos errado! Dicionários não são mais tão usados; as pessoas utilizam corretores automáticos e nem sempre esses corretores corrigem de verdade.
Alguns ainda investem na história ecológica para sumir com os livros. Lamentável é que utilizar papel reciclável no Brasil ainda é mais caro que usar o papel virgem. E aproveito para perguntar? Onde está escrito que computadores são benéficos com a natureza? É de se pensar.
Pensando comigo mesma, fico satisfeita por Países que conseguiram quebrar a barreira tecnológica e todos possuem ou dispõem de recursos para usufruir de tecnologia de ponta. Mas aqui no Brasil, primeiro precisamos “arrumar” velhos problemas como saúde, educação, segurança e modo de vida descente para todos antes de se pensar em popularizar o livro digital.
Muito me espanta quando vejo pessoas comemorando sobre o surgimento do livro digital, uma vez que moramos no Brasil, onde ainda hoje existem milhares de pessoas que não tem acesso ao computador doméstico.
Pois é, o meu Brasil provavelmente não é igual ao Brasil dos outros; alguns Estados são super desenvolvidos, já outros vivem na miséria. Em muitas cidades existem localidades que a internet não chega, logo não comemoro o livro digital, pois penso que o livro seja ainda a leitura mais democrática.
Se baixo um E-book tenho dois trabalhos: o de baixar e o de imprimir. Prefiro ir em uma livraria ou mesmo comprar pela internet o livro pronto. Uma outra coisa que faço é procurar o número de ISBN e infelizmente em vários E-book's não existe. Meu lado editorial se mistura com o de leitora e penso que se o livro é bom, precisa existir um registro que comprove que o autor está recebendo seus direitos autorais. Se para existirmos no Brasil como pessoas precisamos ter a certidão de nascimento, porque com o livro seria diferente? Existem regras que devemos cumprir.
Não considero o blog um livro: blogs são feitos para ensaios. Blogs são uma amostra do que somos capazes, e quando aconselho as pessoas a guardarem alguns escritos sem publicar na internet, é para voltar a “máxima” do original. O original não tem esse nome a toa.
Faço parte da geração que assumiu que o mundo tem muita pressa, e na pressa acabamos não lendo até o final, não voltando ao início se não entendeu e o principal... Perguntando muito pouco. O livro pode “acabar” no Japão, nos EUA mas até acabar no Brasil existe um grande abismo. O “sumiço” do livro é preocupante uma vez que somem os livros, somem os leitores. Eu queria acreditar que o “sumiço “ do livro indique que as pessoas estão lendo mais na internet, mas não é o que acontece. Quantas vezes vocês escreveram um texto em que a "moral" da ideia fosse no rodapé e muitos não entenderam porque simplesmente não chegaram a ler até o final? E como escrevemos errado! Dicionários não são mais tão usados; as pessoas utilizam corretores automáticos e nem sempre esses corretores corrigem de verdade.
Alguns ainda investem na história ecológica para sumir com os livros. Lamentável é que utilizar papel reciclável no Brasil ainda é mais caro que usar o papel virgem. E aproveito para perguntar? Onde está escrito que computadores são benéficos com a natureza? É de se pensar.
Pensando comigo mesma, fico satisfeita por Países que conseguiram quebrar a barreira tecnológica e todos possuem ou dispõem de recursos para usufruir de tecnologia de ponta. Mas aqui no Brasil, primeiro precisamos “arrumar” velhos problemas como saúde, educação, segurança e modo de vida descente para todos antes de se pensar em popularizar o livro digital.
Letícia Coelho - autora e editora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário