31 de outubro de 2009

Ali Yezid Izz-Eddin Ibn Salim Hank Malba Tahan



Há muitos anos atrás, mais precisamente no dia 6 de maio de 1885 nascia, na aldeia de Muzalit, próximo a Meca, o escritor que dá o nome a este texto. Segundo as informações que nos chegam aos dias atuais, teria feito seus estudos no Cairo (Egito) e Constantinopla (Turquia). Logo após a morte de seu pai, teria recebido vultosa herança e viajado pela China, Japão, Rússia e Índia, onde observou e aprendeu os costumes e lendas desses povos. Viveu também no Brasil, mas retornou a sua terra Natal e tombou no campo de batalha em 1921, em alguma região perdida da Arábia Central, lutando pela liberdade de uma tribo.
Foi importantíssimo para o desenvolvimento da Península Arábica e consta que o emir Abd al-Azziz ben Ibrahim chegou a nomeá-lo queimaçã (prefeito) da cidade de El-Medina.
Escreveu dezenas de livros, que encontram-se disponíveis em várias linguas.

Ah sim, você não conhece esse escritor? Simples, ele não existe. Ao menos não como pessoa real.

Malba Tahan é o pseudônimo do professor Júlio Cesar de Mello e Souza. Inclusive, a criação de sua personagem, escritor e guerreiro, é apontado por muitos como o principal indício do quão criativo foi este professor de Matemática (entre outras disciplinas que lecionou), que além de 64 livros de contos -- com a forte inspiração de seu "alter-ego" árabe --, assina mais 51 outros livros de Matemática.


Ousado, criava problemas de álgebra e aritimética com o mesmo bom humor e sutileza constantes em seus contos.


Podem perguntar aos que estudaram lá pelos anos 60 e 70: Malba Tahan era presença constante em todos os livros escolares, fossem eles cartilhas ou não. Um super-astro pop, como não surgiu nenhum outro ainda.


Sua metodologia de ensino é ao mesmo temo simples e prática. Um Matemático que gostava de ensinar a Matemática como ela é, tornando-a interessante a seus alunos, deixando um legado de ensino ainda presente em algumas publicações. Infelizmente ou não, hoje em dia os matemáticos o prestigiam muito mais que os literatos... Basta ver que o Dia da Matemática, decretado pela Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro é o de seu nascimento: 6 de maio.


Mais informações sobre este que deveria ser um dos expoentes eternos de nossa literatura você pode encontrar em sites como a Wikipedia (não deixe ler "O Homem que Calculava"), Página de Homenagem e Professor Cardy .


Há farto material na internet, mas não livros em versão digital. Para compra, procure a Editora Record.

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