*Rita Schultz
dizei-me, olhos claros cristalinos
por que me amam assim
estranho amante meu
os teus braços me escondem da noite
me salvam de dor antiga
de grito longo
de longa madrugada
a tua mão me acalma
a tua história me chama
não, não me desvele o segredo
da tua nudez imemorial:
o teu espírito me faz bem
todos os dias
antes de todo amanhecer
ama-me suavemente, amor
das sombras nos esqueçamos
e das tocaias
e do vento que canta toda a sua solidão
porque vasto é o caminho
e o meu passo pisa
a terra do teu corpo incrédulo
no desejo inculto
do meu corpo no teu
não desnudemos a invenção
da nossa incredulidade, amor
amemos
*Professora de Literatura Brasileira e Língua Inglesa. Escritora por necessidade respiratória e artista plástica por acaso. Psicopedagoga quando dá tempo. Nas horas vagas e nos intervalos, sou esposa e mãe de gente grande. Da meia-noite às seis, pura poesia. Membro da Academia Poçoscaldense de Letras, cadeira 10, cuja patronesse é Cecília Meireles, e do Portal dos Escritores.
Algumas palavras minhas estão vagando por aí: “Poetas Brasileiros de Hoje” e “Uma Mulher-Poemas”. Em abril de 2010, na FLIPOÇOS – Feira Literária de Poços de Caldas, MG, será lançado meu romance de estreia na ficção: “Corpo Cindido”. No prelo, “Tábua de Acácias – Trinados Poéticos” e “Brisa” (segundo volume de “Corpo Cindido.”)
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