13 de maio de 2010

Infectado - By Edu Beckandroll

Infectado

Edu Beckandroll

essa doença chamada amor
desintegrando meu corpo,
destruindo meu cérebro,
liquidificando a alma em torpor,
a dor de todo um hemisfério.

nas sandices passionais,
nossas esquisitices usuais,
queimaduras infantis,
no calor do mistério
que de repente se apresenta:

a) no dia mais carente;
b) na noite mais longa,
de interminável tormenta;

c) nos teus olhos vítreos,
duas ampolas assassinas;

d) no cheiro do teu cabelo,
inebriante... excessiva morfina.

já meu sangue é veneno e teu beijo acidente,
sou um quebra-cabeça de toalha puxada.
desconexo, doente...
com fascínio:
pálido operário desconstruído.



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