Infectado
Edu Beckandroll
essa doença chamada amor
desintegrando meu corpo,
destruindo meu cérebro,
liquidificando a alma em torpor,
a dor de todo um hemisfério.
nas sandices passionais,
nossas esquisitices usuais,
queimaduras infantis,
no calor do mistério
que de repente se apresenta:
a) no dia mais carente;
b) na noite mais longa,
de interminável tormenta;
c) nos teus olhos vítreos,
duas ampolas assassinas;
d) no cheiro do teu cabelo,
inebriante... excessiva morfina.
já meu sangue é veneno e teu beijo acidente,
sou um quebra-cabeça de toalha puxada.
desconexo, doente...
com fascínio:
pálido operário desconstruído.
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