31 de maio de 2010

Quatro Cavaleiros

A bordo passageiros simplórios,
Donos das verdades, mentirosos contumazes,
Ladrões de casaca, defensores de que humanidade?

Entrem e se acomodem, por favor
Partiremos em breve para logo ali
Perto de todos, longe do povo
Todos a bordo!

Acomodados? Felizes?
Tomem mais um uísque!
O carrinho com doçuras logo passará.
Assim que a viagem começar.

Tudo certo, estamos nos trilhos
Preparamos manjares deliciosos
Comissária, tranque as portas
Nosso baile logo começará.

O destino é de todos desconhecido
Menos a mim, assim me tenham como amigo
Aqui apareci somente para livrar o mundo
Limpa-lo de vocês, pobres imundos.

A Conquista é quem vos fala
A Guerra é quem lhes conduz
A Fome poderia ser vosso nome
A Morte é vossa aprendiz

No apocalipse de ilusões medíocres
Pensam que estão a salvo?
Serão eternamente dominados
Por todos os sete grandes pecados

E aqui se inicia a punição
Por todos os crimes já cometidos
Queimaremos neste vagão
O poder desmedido
O dinheiro indevido
O saber comprometido
O ego puído.

Que assim seja...



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