Texto do prefácio de Flávia Xavier Barros, Publicitária - Professora do curso de Publicidade da Universidade Católica de Pelotas:
"Texto e emoção. Palavras e letras que tatuam, na superfície alva do papel, marcas de sentimento e emoção. Assim, Cezarina transforma seus pensamentos em poesia, tal qual o vento que em seu movimento natural faz desenhos na areia fina que se molda ao seu soprar.
O texto flui sem que percebamos e é possível sentir em suas linhas a força da natureza e os desejos da alma feminina.
Entre sentimentos e metáforas, as histórias se revelam num balanço suave e ritmado. E nós, leitores, seguimos seu balanço e percebemos entre as entrelinhas o percurso da vida e o desejo que todos temos de ser feliz.
Ao revelar sua mente, a autora transparece sua alma e sua sensibilidade e, com sua poesia, nos encanta. Entre cada virar de páginas deixamo-nos levar pela emoção e construímos em paralelo ao que lemos, as metáforas de nossas próprias almas.
Flávia Xavier Barros"
Sobre a autora:
Nasci perto do mar, em Rio Grande, num 27 de agosto. O ruído das ondas embalou meus sonhos adolescentes misturando o gosto salgado das lágrimas e, da melancolia de horizontes distantes que povoavam meus pensamentos, com as aventuras e o sabor inusitado dos romances e, as emoções despertadas pela poesia...
A arte fez parte de mim desde o começo. Na escola, enchia as páginas dos cadernos com grafismos ou figuras humanas, árvores, barcos, luas. Conquistava amigos desenhando seus retratos ou animando uma aula chata com a caricatura do professor!
Lia tudo que me caia nas mãos e com tal avidez e encantamento que os romances e livros de poesia eram “devorados em questão de horas!
Comecei a escrever poesia aos quinze anos, motivada, é claro pelos desencontros do amor e pelas paixões arrebatadas daquela época...
Casei aos vinte e cinco, tive 3 filhos e uma vida de dona de casa. Formada professora, desisti para cuidar do lar. Mas, em meio às panelas e às fraldas penduradas no varal, sentava à mesa da cozinha para escrever os versos que me rondavam a cabeça pedindo para virem à luz! Fugia das obrigações para versejar...
Fiz, anos depois, a Faculdade de Artes, formando-me Bacharel em Gravura e, quando meus filhos adolesciam, a Faculdade de Psicologia. Primeiro, estudara a figura humana em seus detalhes externos (e a pintá-la me dediquei anos à fio), depois aprendi a mergulhar nos abismos insondáveis da alma humana!
E a Poesia sempre conviveu comigo vinte e quatro horas por dia, como amiga e companheira fiel e, quando me divorciei tornou-se o arrimo das minhas horas vazias... Quando, de novo a paixão entrou na minha vida, lá estava ela, a extravasar os sentimentos de que estava cheio o coração! Para mim, fazer poesia é como respirar: se parar, deixo de viver! Os momentos alegres, as horas tristes, a solidão ou a companhia de alguém, as surpresas boas ou as tristezas inevitáveis são motivos para escrever poemas até hoje...
Atualmente, estudo canto, teclado e violão, mas não abandono a poesia!
Entremeando todos os instantes, a poesia é como um fio de ouro com o qual vou bordando delicados arabescos, nessa trama sutil que é a vida colorindo de nuances variadas as horas monocromáticas de meus dias.
Contato com a autora: cezarinacaruso@editoranovitas.com.br
Morrer de amor
Ah! Este desejo que me
uma tormenta inesperada...
Esta dor que me magoa e punge
Como um espinho cravado
No meu peito...
Quero – te junto a mim,
De qualquer jeito,
Num instante de amor
Quase perfeito
A saciar minha sede de ternura.
Quero te sentir dentro de mim:
Tua carne na minha,
Teu pulsar de desejo,
Arrancando a cada beijo
Um gemido de amor
Que não sufocarei!
Vem de uma vez,
Não suporto esta espera!
Sofro de amor
Nesta minha ânsia louca
De ficar desejando a tua boca,
Sedenta e transtornada...
E ir morrendo aos poucos, lentamente,
Junto da tua água cristalina,
Dessa fonte de amor que me alucina,
A suspirar, inutilmente, de saudade!
Esta poesia e muitas outras no novo livro da autora, Harpa dos Ventos
* O livro Harpa dos Ventos, custa R$ 10,00. Para adquirir entre em contato pelo e-mail: contato@editoranovitas.com.br
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