Deus é em mim
* Marcos de Andrade
Eu sinto em meu corpo,
Em cada poro, cada átomo, molécula e n'alma,
A dor dos aflitos, o cheiro das flores, o gosto da chuva, o toque da pele;
Eu ouço em uníssono,
A melodia do amor, cantada pelos poetas e os seus seguidores,
A cada nuvem que passa; Eu vibro com as massas e com o vento viajo;
Às vezes sou homem e invejo; sou fraco e reclamo; sou corpo e sangro.
A melodia do amor, cantada pelos poetas e os seus seguidores,
A cada nuvem que passa; Eu vibro com as massas e com o vento viajo;
Às vezes sou homem e invejo; sou fraco e reclamo; sou corpo e sangro.
Eu vejo e meu ser todo estremece ante o orvalho que chora;
A mãe que implora ao filho - não vá;
Aos gritos do horror da guerra;
Aos desgarrados da terra, que gemem de fome e morrem aos borbotões.
A mãe que implora ao filho - não vá;
Aos gritos do horror da guerra;
Aos desgarrados da terra, que gemem de fome e morrem aos borbotões.
Eu rezo.
Sim, eu rezo a cada lágrima - fraca - que cai e a que teima em ficar;
A cada passo e tropeço que teimo em dar;
A cada beijo que recebo e transmito.
A cada passo e tropeço que teimo em dar;
A cada beijo que recebo e transmito.
Meu corpo, meu espírito, minha vida não são meus.
Meus sonhos, minhas fibras, meus ais se vão.
O amor fica.
Deus é em mim e quem me derrubará?
DEUS É EM MIM E QUEM ME DERRUBARÁ?
* Nasci na cidade de Marau, interior do Estado do Rio Grande do Sul, no dia 21 de julho. Sempre tive gosto pela escrita, mas no início eram poesias (pelo menos era o que eu achava).
Depois descobri o violão e sonhava em ser cantor, compondo músicas logo às primeiras notas aprendidas. Gostava muito de desenhar, mas não desenvolvi este dom, apesar de ter sido bom copista. Mas o tempo passou. Eu aprendi a tocar, mas minha voz... É melhor nem falar!
Então em um dia, quando o orvalho do tempo já descoloria meus cabelos, descobri que eu nunca seria cantor (a voz, sabe...) e não tinha mais as mãos leves para desenhar como antes. Redescobri então a escrita. Voltei a escrever poesias. Descobri o miniconto e outros gêneros que nem conhecia e entrei no mundo da web. Participei então da I Coletânea Scriptus – Balaio de Idéias, da Editora Novitas. Depois, fui convidado a participar da Antologia Nacional de Poesias – Mares Diversos, Mar de Versos, da Editora Pensata. Fiquei empolgado, pois a estas alturas, com quase vinte anos de funcionalismo público, eu já havia escrito três pequenos livros e estava escrevendo outros sete.
Bueno tchê, o "causo" é que agora estou participando da II Coletânea Scriptus – A Livre Escrita, também da Editora Novitas e da I Coletânea de Poesias – O Melhor da Web, da Usina de Letras Editora em comunhão de esforços com o site O Melhor da Web.
*Marcos, é um dos autores da II Coletânea Scriptus - A Livre Escrita e autor da Editora Novitas. Tem no prelo o livro infantil " Meleca, a bruxinha sapeca".
4 comentários:
Quanta força,garra e fé passas pelas tuas palavras. Lindo tudo isso! Quem está em boa companhia como essa, nunca estará só! Um abraço e tudo de bom,chica
Oi Marcos
Tua poética é intensa porque atinge o recôndito da alma. E é leve porque enaltece o que o homem tem de melhor que é o AMOR E A FÉ!
Parabéns
abraços da Lu
Olá Marcos,
Seu poema trouxe à minha tela acesa o encanto da tradição, a lembrar-me de longe o Romantismo dos velhos poetas, aliado ao toque certo Contemporâneo. Adorei a linda combinação de épocas e a mensagem de sua poesia.
Abraços.
Gostaria de agradecer a Chica, a Lu e a Madalena pelo carinho das palavras. Estou começando aqui e, quem sabe, eu aprenda um pouco com vocês. Beijão pra todos.
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