13 de dezembro de 2009

Quando eu fui fabricado - By Guile

Quando eu fui fabricado.

*Guile

... e as ondas vinham com fervor,
tal que me levaram de meu mundo.
Os olhos encheram-se dum oceano,
tal que me afoguei em minhas próprias lágrimas.


Enfim, acordei aqui.
Cercado de cimento,
coberto de fuligem,
dormindo sobre fios,
respirando frieza,
comendo engrenagem “alho” e óleo,
bebendo petróleo.


Acordei aqui,
cercado de montes de eus,
coberto de plástico,
dormindo em pé,
respirando nada,
comendo nada,
bebendo nada.


Acordei aqui,
com duas marcas de nascença;
uma eles chamam de Código de Barra,
a outra de Marca.


*publicou seu próprio livro de poesias entitulado Critisias e Outras Ias (2003), não com seu novo pseudônimo, mas com seu nome verdadeiro: Guilherme Balarin, pela editora Edições Inteligentes. Participou de várias coletâneas de poesias. Faz parte do Clube de Escritores de Piracicaba. Formado em publicidade e propaganda em 2006 pela Universidade de Taubaté. É um dos autores dos "15 Poetas para todas as crianças", coletânea da Editora Novitas.

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