8.
*Letícia Losekann Coelho
Foi a morte de teu filho pródigo,
Que determinou o rumo de tua trajetória.
Aquele rapaz sem escrúpulos exterminador da vida...
Teu filho!
Rasteja agora infame!
Bate a cara no barro, sente o cheiro de sangue
– Eu me entretenho proferindo escarro... -
E tu? Poem – se a limpar, com tuas barbas malditas,
Pois eu faço justiça para as pequenas moças que teu filho abateu com escárnio.
Veja! Olha! Quantos corpos espalhados...
Carnificina desenhada em crueldade
Ossadas misturadas...
Restos de pele...
Está vendo?
Pois veja, foi a tua cria aberração
Que permitiu – nos esse espetáculo.
Te ajoelha!
Implora agora...
Quero ver teus olhos “sagrados”
… Tu nunca mais vais dormir...
( Um momento de compaixão)
Perdoe – me é que não quero te iludir!
Pois aplauda comigo...
Quero batidas estridentes de tuas mãos
Comemora o ato
Afinal de contas...
Esse resultado foi lutado, no osso escacho
Para quem sabe talvez tu me dares aprovação!
Não... Não me olha assim piedoso...
Largue meus pés, seu monstro!
Teu filho partiu, o resto está em meio aos escombros
Pois fui um dia, pródigo, digno e bom, não agradei... -
Eis – me inteiro: homem monstro, pensamentos retalhados...
E tu agora podes me ver:
Vivo morto, tomado da raiva infantil...
Para teu vômito nectário!
< == Acaba o ato ==>
Terminado seja...
Eu e tu,
Pai e filho,
Pensador e executor...
O monstro se vai e leva o criador.
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